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Em 2019 o direito ao plano de parto foi regulamentado para que a grávida/casal pudesse expressar as suas intenções para o dia do parto (1). No plano de parto, para além das intenções do momento do parto é possível acrescentar as intenções para o pós-parto que muitos casais desconhecem. O objetivo do plano pós-parto é criar um conjunto de intenções do casal para o período que se segue ao nascimento do seu bebé ou puerpério. O puerpério é o período de recuperação física e psicológica da mãe que começa imediatamente a seguir ao nascimento do(s) recém-nascido(s) e se prolonga por 6 semanas pós-parto (42 dias) (2), dividindo-se em puerpério imediato (primeiras 24 horas), puerpério precoce (do 2º ao 7º dia) e puerpério tardio (até ao final da 6ª semana) (3). Alguns autores ainda consideram o puerpério remoto do 43º dia até um ano pós-parto (4). O período que se segue ao nascimento de um bebé é desafiante para a mulher, casal e família. A mãe e o pai passam por três fases de adaptação: a primeira dura cerca de um a dois dias em que a mãe tem ênfase em si mesma e na satisfação das necessidades básicas, sente-se entusiasmada e comunicativa (fase de incorporação) e o pai encontra- se na fase de expetativas, com ideias pré-concebidas. A segunda fase dura entre dez dias a várias semanas e é uma das fases mais sensíveis, a mãe passa pela fase de posse, com ênfase nos cuidados ao bebé e nas competências maternas, desejo de assumir responsabilidades, necessidade de orientação e aceitação, tratamento dos desconfortos físicos e alterações emocionais, altura em que frequentemente ocorre o Blues, por outro lado o pai pode ter sentimentos de tristeza, ambivalência, ciúme, frustração e desejo dominante de se envolver mais (fase realidade). Na terceira fase (fase de desprendimento) a mãe preocupa-se com o relacionamento conjugal, a sexualidade, a resolução de papeis individuais e o pai (transição para o comando) toma decisões conscientes para assumir o controlo e envolver-se de forma mais ativa com o bebé (5). O pós-parto é um período diferente para cada mulher e/ou casal, pois representa a adaptação a uma nova realidade ao nível físico, psicológico e social. As necessidades sentidas ao longo do puerpério, devem ser antecipadas e refletidas durante a gravidez, assumindo especial importância começar nessa fase o planeamento do pós-parto. Este documento destina-se à grávida/puérpera/casal que deseja refletir sobre o plano pós-parto, durante a gravidez e/ou no pós-parto. Tem como objetivo sistematizar a informação e promover a reflexão sobre o plano pós-parto. Está organizado em oito capítulos que pretendem dotar a grávida/casal da informação necessária à tomada de decisão e antecipação de necessidades e desafios no pós-parto, relatados em vários estudos e as respetivas perguntas como ponto de partida para a reflexão. As perguntas para reflexão são apenas sugestões, podendo ser criadas outras, que façam mais sentido para o casal.
Info Adicional:
Em 2019 o direito ao plano de parto foi regulamentado para que a grávida/casal pudesse expressar as suas intenções para o dia do parto (1). No plano de parto, para além das intenções do momento do parto é possível acrescentar as intenções para o pós-parto que muitos casais desconhecem. O objetivo do plano pós-parto é criar um conjunto de intenções do casal para o período que se segue ao nascimento do seu bebé ou puerpério. O puerpério é o período de recuperação física e psicológica da mãe que começa imediatamente a seguir ao nascimento do(s) recém-nascido(s) e se prolonga por 6 semanas pós-parto (42 dias) (2), dividindo-se em puerpério imediato (primeiras 24 horas), puerpério precoce (do 2º ao 7º dia) e puerpério tardio (até ao final da 6ª semana) (3). Alguns autores ainda consideram o puerpério remoto do 43º dia até um ano pós-parto (4). O período que se segue ao nascimento de um bebé é desafiante para a mulher, casal e família. A mãe e o pai passam por três fases de adaptação: a primeira dura cerca de um a dois dias em que a mãe tem ênfase em si mesma e na satisfação das necessidades básicas, sente-se entusiasmada e comunicativa (fase de incorporação) e o pai encontra- se na fase de expetativas, com ideias pré-concebidas. A segunda fase dura entre dez dias a várias semanas e é uma das fases mais sensíveis, a mãe passa pela fase de posse, com ênfase nos cuidados ao bebé e nas competências maternas, desejo de assumir responsabilidades, necessidade de orientação e aceitação, tratamento dos desconfortos físicos e alterações emocionais, altura em que frequentemente ocorre o Blues, por outro lado o pai pode ter sentimentos de tristeza, ambivalência, ciúme, frustração e desejo dominante de se envolver mais (fase realidade). Na terceira fase (fase de desprendimento) a mãe preocupa-se com o relacionamento conjugal, a sexualidade, a resolução de papeis individuais e o pai (transição para o comando) toma decisões conscientes para assumir o controlo e envolver-se de forma mais ativa com o bebé (5). O pós-parto é um período diferente para cada mulher e/ou casal, pois representa a adaptação a uma nova realidade ao nível físico, psicológico e social. As necessidades sentidas ao longo do puerpério, devem ser antecipadas e refletidas durante a gravidez, assumindo especial importância começar nessa fase o planeamento do pós-parto. Este documento destina-se à grávida/puérpera/casal que deseja refletir sobre o plano pós-parto, durante a gravidez e/ou no pós-parto. Tem como objetivo sistematizar a informação e promover a reflexão sobre o plano pós-parto. Está organizado em oito capítulos que pretendem dotar a grávida/casal da informação necessária à tomada de decisão e antecipação de necessidades e desafios no pós-parto, relatados em vários estudos e as respetivas perguntas como ponto de partida para a reflexão. As perguntas para reflexão são apenas sugestões, podendo ser criadas outras, que façam mais sentido para o casal.
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